Ripple faz parceria com o Banco Central da Colômbia para explorar CBDCs
- A Colômbia tem a quinta maior economia da América Latina e uma crescente comunidade criptográfica.
- A maioria dos sul-americanos depende de criptomoedas para remessas e para combater a inflação.
- A Ripple recentemente garantiu uma grande vitória em seu caso contra a SEC quando um tribunal divulgou e-mails contendo o controverso discurso feito pelo ex-diretor da SEC William Hinman.
O banco central da Colômbia, Banco de la República, está colaborando com o provedor de pagamentos Ripple para testar as tecnologias blockchain no ledger XRP. A Ripple tem focado em aumentar sua presença na América Latina, e a parceria com o banco central da Colômbia é um passo nessa direção.
em seu anúncio, Ripple revelou que o banco central da Colômbia e o Ministério de Tecnologias de Informação e Comunicação (MinTIC) aproveitarão a plataforma CBDC da Ripple, XRPL, para “casos de uso piloto que aprimorarão o sistema de pagamento de alto valor da Colômbia”. O projeto faz parte da exploração da tecnologia blockchain do MinTIC.
Ripple acrescentou que a plataforma CBDC “será experimentada e testada em um ambiente controlado sem comprometer os recursos públicos”. De acordo com um anúncio oficial, o piloto será executado até 2023.
De acordo com o anúncio,
O objetivo da terceira fase da experimentação do MinTIC com blockchain será educar entidades públicas nacionais e territoriais por meio de experimentos interativos e colaborativos de aplicativos do mundo real sobre como a velocidade, escalabilidade e transparência incomparáveis da tecnologia blockchain podem revolucionar os sistemas de pagamento e o gerenciamento de dados.
Mauricio Lizcano, Ministro de Tecnologias da Informação e Comunicações da Colômbia, elogiou a parceria com a Ripple como um esforço progressivo. Lizcano explicou que “as potenciais eficiências podem ser avaliadas através dos resultados obtidos no desenvolvimento de uma solução com tecnologia blockchain, que consegue melhorar e complementar os processos nas entidades de forma segura e eficiente”.
James Wallis, vice-presidente de Envolvimentos do Banco Central e CBDCs da Ripple, observou que a parceria refletiria ainda mais a importância e a relevância da tecnologia blockchain. Wallis acrescentou que “este projeto abrirá caminho para avanços transformadores na utilização da tecnologia blockchain no setor público”.
Os CBDCs diferem das criptomoedas comuns, como Bitcoin e Ethereum. Algumas nações os veem como ativos digitais menos arriscados. Os CBDCs são o equivalente digital apoiado pelo banco central da moeda fiduciária de um país, como o dólar americano ou o euro.
Atualmente, Bahamas, Nigéria e China são alguns dos poucos países que lançaram CBDCs. Outros estão atualmente pesquisando ou prestes a lançar seu CBDC. O interesse da Colômbia em liberar um CBDC foi anunciado pela primeira vez no ano passado pelo diretor do país da agência tributária e aduaneira da Colômbia. A medida, segundo o diretor, foi para melhorar as transações e evitar a sonegação.
Ripple garante uma grande vitória contra a SEC
A Ripple viu um crescimento maior em meio à crescente demanda por CBDCs. A Ripple visa ajudar instituições financeiras como bancos a realizar transações rapidamente e sem taxas. Os criadores do projeto lançaram o token XRP, que está no centro de um processo entre a Ripple e a Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA.
o SEC entrou com um processo surpresa contra a Ripple no final de 2020, alegando que a empresa de pagamento havia enganado seus investidores e vendido títulos não registrados na forma de tokens XRP. A Ripple negou tais alegações e está em uma batalha legal em andamento com o regulador dos EUA.
Curiosamente, Ripple obteve uma grande vitória no início desta semana, quando um tribunal divulgou e-mails conectados a um discurso amplamente divulgado do ex-diretor da SEC William Hinman, que argumentou que Ethereum e Bitcoin não eram valores mobiliários. A Ripple e a maior parte da comunidade cripto acreditam que os e-mails mudariam o resultado do caso, pois mostram que a SEC não tem uma visão consistente sobre as criptomoedas.