Governador da Flórida pede proibição da CBDC
- Ron DeSantis acredita que um CBDC daria muito poder ao governo e levantaria questões de privacidade.
- O governador da Flórida observou que os CBDCs sufocarão a inovação e permitirão a vigilância sancionada pelo governo.
- A lei proposta também proíbe o uso de CBDCs estrangeiros na Flórida.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, que muitos acreditam que concorrerá à presidência dos Estados Unidos em 2024, propôs a proibição das moedas digitais do banco central (CBDCs). Ao falar em uma coletiva de imprensa na segunda-feira, DeSantis expressou preocupação com a emissão e controle do Federal Reserve de um dólar digital.
Ele observou que um CBDC daria o governo "mais poder." O governador DeSantis mencionou várias iniciativas do governo que impactam diretamente os consumidores americanos, incluindo preocupações com a inflação, aumento das taxas de juros pelo Fed e pressão sobre os bancos.
O político republicano comentou, “O anúncio de hoje protegerá os consumidores e empresas da Flórida da adoção imprudente de um 'dólar digital centralizado' que sufocará a inovação e promoverá a vigilância sancionada pelo governo.”
A lei proposta por DeSantis também proibiria o uso de qualquer CBDC emitido por um banco central estrangeiro na Flórida. Em sua declaração, o governador incentivou outros estados a aprovar leis nesse sentido. De acordo com DeSantis, “os CBDCs fornecem ao governo uma visão direta de todas as atividades do consumidor. Qualquer maneira que eles possam entrar na sociedade para exercer sua agenda, eles o farão. Então, o objetivo da moeda digital do banco central é vigiar os americanos e controlar o comportamento dos americanos”.
Sem fornecer qualquer opinião de apoio, DeSantis rejeitou amplamente os argumentos de que o Fed deveria emitir uma moeda digital para atender aos não-bancarizados e abordar questões ambientais. Ele citou a introdução do yuan digital na China como um exemplo de um esforço “para monitorar o comportamento dos cidadãos, permitindo a vigilância dos hábitos de consumo e para cortar o acesso a bens e serviços”, juntamente com o tratamento dos CBDCs pelos governos da Bahamas e Nigéria.
DeSantis alegou que um CBDC federal minaria a importância dos bancos comunitários e cooperativas de crédito, além de levantar questões de privacidade. Sua declaração vem meses depois que o presidente Joe Biden emitiu uma ordem executiva instruindo o governo federal a pesquisar os possíveis benefícios e desvantagens de um CBDC.
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