A fintech argentina Uala suspendeu seu negócio de cripto, no qual pelo menos 300.000 usuários negociaram ativos digitais pelo menos uma vez.

Banco argentino Uala suspenderá negócios de criptomoedas: detalhes

  • A fintech argentina Uala suspendeu seu negócio de cripto, no qual pelo menos 300.000 usuários negociaram ativos digitais pelo menos uma vez.
  • O banco dará a seus vendedores de cripto uma comissão de 5%, que será liquidada em pesos a uma taxa semelhante ao dólar MEP.
  • O Banco Central da Argentina anunciou que as fintechs não estão autorizadas a se envolver em cripto ou fornecer acesso a cripto a seus clientes.
  • A regulamentação do Banco Central também afetou o Mercado Pago, a fintech líder da Argentina.

Atualmente, a indústria de criptomoedas é fortemente influenciada pela incerteza regulatória em todo o mundo em relação à regulamentação de ativos digitais e ao declínio acentuado no preço das criptomoedas após o início do inverno criptográfico. Curiosamente, um banco eletrônico popular na Argentina, o Uala, que colocou os argentinos sem banco em sua mira, confirmou que encerrará seu negócio de criptomoedas, de acordo com relatos da mídia local. 

o relatório acrescentou que existem cerca de 300.000 pessoas que são clientes da Uala e possuem criptoativos. A plataforma afirmou que essas pessoas que têm suas criptomoedas armazenadas na carteira digital do banco eletrônico terão que vender seus ativos digitais em um período de 30 dias. Além disso, pela venda, o banco dará aos detentores de cripto uma comissão de 5%, que será liquidada em pesos a uma taxa semelhante ao dólar MEP.

“Todas as pessoas que abriram conta para operar cripto através da Ualá já foram notificadas. Quem tiver dinheiro investido em cripto receberá uma compensação econômica de 5% sobre o valor vendido após a liquidação de suas participações como reconhecimento por ter confiado em nossa proposta”, disse Uala.

O Dólar MEP, ou Mercado Electrónico de Pagos, também conhecido como “dólar turista estrangeiro”, representa a taxa de câmbio a que o turista acede quando paga o consumo no país com cartão. 

A razão para esta decisão da Uala, estabelecida em 2017 por Pierpaolo Barbieri, é a decisão do Banco Central da semana passada que afirmou que as carteiras virtuais, ou “Provedores de Serviços de Pagamento que Oferecem Contas de Pagamento (PSPCP)”, “não podem realizar ou facilitar que seus clientes realizem operações com ativos digitais.”

A Ualá teve que parar de vender Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), as duas principais criptomoedas que anteriormente permitia que seus clientes comprassem e armazenassem. O recurso para negociar BTC e ETH foi lançado em novembro do ano passado, conforme relatado por CoinDesk. Curiosamente, a empresa disse que restringiu os usuários de transferir e receber criptoativos em suas carteiras digitais “já que isso implica um risco para o usuário e para a plataforma”.

No entanto, também é fato que as exchanges e carteiras de criptomoedas disponíveis no mercado argentino não mudaram suas ofertas, mas a Uala decidiu fazê-lo. 

Além disso, a nova regulamentação do Banco Central da Argentina foi aplicável em todo o mercado de fintech e, como resultado, também proibiu o Mercado Pago, fintech líder do país, de incorporar criptomoedas em sua oferta de investimento. O banco oferece ofertas de cripto no Brasil e no México.

“Somos obrigados a suspender a possibilidade de operar cripto, que de qualquer forma era apenas mais uma opção dentro do nosso menu de investimentos, que é muito amplo”, disseram as fontes da empresa.

Limitaram-se a dizer que “cada fintech, com o seu departamento jurídico, fez a sua interpretação da norma, e consideramos que fomos incluídos” quando questionados sobre as divergências com outros negócios.

Conforme relatado anteriormente pela Bitnation, a Grande Loja Argentina de Maçons Livres e Aceitos juntou-se ao movimento NFT e lançou 77 NFTs sob a bandeira "Criptomaçons". Todos os lucros da venda foram para instituições de caridade regionais apoiadas pelo capítulo.

Parth Dubey
Parth Dubey Autor verificado

Jornalista cripto com mais de 3 anos de experiência em DeFi, NFT, metaverso, etc. Parth trabalhou com grandes meios de comunicação no mundo cripto e financeiro e ganhou experiência e conhecimento em cultura criptográfica depois de sobreviver a mercados de baixa e alta ao longo dos anos.

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