A parceira brasileira da Binance, a Latam Gateway, foi licenciada para operar como instituição de pagamentos no país.

Banco Central do Brasil fiscalizará provedores de serviços criptográficos

  • O Brasil tem o maior mercado de criptomoedas da América do Sul.
  • Vários provedores de serviços criptográficos, como Binance e Coinbase, expandiram suas operações para o país latino-americano.
  • A Binance fez parceria com a Mastercard em janeiro para fornecer cartões criptográficos pré-pagos para usuários brasileiros. 

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, aprovou um lei que especifica as funções dos reguladores de valores mobiliários e do banco central do país na regulamentação dos provedores de ativos digitais. O Decreto do Governo nº 11.563 estabelece que os tokens que se qualificam como valores mobiliários serão supervisionados pela Comissão de Valores Mobiliários ou CVM. A CVM é idêntica à Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos. A legislação também concede ao Banco Central do Brasil autoridade para regulamentar e fiscalizar os provedores de serviços criptográficos.

De acordo com um relatório da Bloomberg, a lei estabelece medidas para prevenir crimes financeiros como lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Curiosamente, o descumprimento poderia resultar em prisão. Todos os provedores de serviços criptográficos agora são obrigados a se registrar antes de operar no Brasil.

A pressão do Brasil por clareza pode desencadear um boom em seu setor cripto, à medida que mais provedores de serviços criptográficos podem se voltar para o crescente mercado do país. Mercado Bitcoin, uma bolsa com mais de 3 milhões de usuários e um volume de negócios de até $5 bilhões, já está localizada no Brasil.

O Brasil pressiona por uma CBDC

A nova lei foi assinada no momento em que Visa, Mastercard e outras empresas de pagamento importantes se preparam para colaborar no lançamento de um projeto piloto para uma moeda digital do banco central, ou CBDC, no Brasil. O banco central do país planeja lançar um CBDC até 2024. O CBDC, de acordo com o banco central, fortalecerá a inclusão financeira no Brasil, além de incentivar a inovação.

Assim que lançar seu CBDC, o Brasil se juntará às Bahamas, Nigéria, Caribe Oriental e Jamaica como países que emitiram seus próprios CBDCs. Vários países demonstraram interesse no CBDC, enquanto outros o veem como uma alternativa sem risco às criptomoedas.

As atividades criptográficas no Brasil dispararam nos últimos meses e vários provedores de serviços criptográficos expandiram suas operações no país sul-americano. Em março, a Coinbase anunciou uma colaboração com serviços locais para aumentar sua presença no Brasil.

A parceria com as soluções de pagamento brasileiras Ebanx e Pix ajudará os locais a comprar criptomoedas usando o real brasileiro e também permitirá que os usuários façam depósitos e saques de contas da Coinbase em reais.

Enquanto os Estados Unidos continuam sua luta contra os principais provedores de serviços criptográficos, Brasil, Dubai e Europa se tornaram possíveis alvos para empresas que buscam regiões com políticas amigáveis.

Lawrence Woriji
Lawrence Woriji Autor verificado

Cobri algumas histórias interessantes em minha carreira como jornalista e acho as histórias relacionadas ao blockchain muito intrigantes. Acredito que a Web3 vai mudar o mundo e quero que todos façam parte dele.

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