Coinbase considera expansão para os Emirados Árabes Unidos
- Brian Armstrong rejeitou as alegações anteriores de que a Coinbase poderia transferir suas operações para fora dos Estados Unidos.
- Os Emirados Árabes Unidos já atraíram as principais empresas de criptomoedas, como Binance e Kraken.
Brian Armstrong, CEO da exchange cripto Coinbase, renovou suas críticas a Gary Gensler, presidente da Securities and Exchange Commission dos EUA, na segunda-feira, 8 de maio, mas acrescentou que a exchange continue operando nos EUA, apesar das contínuas incertezas regulatórias.
Armstrong também revelou que a Coinbase está de olho nos Emirados Árabes Unidos como um possível destino para suas operações no Oriente Médio, Ásia e África. Armstrong notou em um postagem do blog que já se reuniu com representantes dos reguladores de Abu Dhabi e Dubai, do Abu Dhabi Global Market (ADGM) e da Virtual Assets Regulatory Authority (VARA).
Durante seu discurso na Dubai Fintech Summit na segunda-feira, Armstrong expressou entusiasmo com a possibilidade de colaborar com autoridades dos Emirados Árabes Unidos para formar uma “parceria estratégica”. Ele explicou que “os Emirados Árabes Unidos são interessantes para nós como um potencial centro para construirmos também, um centro internacional para a Coinbase que poderia atender não apenas o Oriente Médio, mas também partes da África ou outros países da Ásia.
No entanto, Armstrong não poupou elogios aos Estados Unidos. O CEO da Coinbase acredita que "os EUA estão um pouco atrasados em termos de clareza regulatória e em algumas das declarações de suas autoridades". Armstrong elogiou o Reino Unido e a União Europeia por sua "abordagem ponderada" na definição de políticas claras.
Ele disse,
Eu diria que estamos vendo abordagens mais ponderadas, por exemplo, na UE [União Europeia], que já aprovou uma legislação abrangente sobre criptomoedas. O Reino Unido tem sido incrivelmente receptivo e, para nós, esse tem sido um polo onde decidimos atender o mercado britânico.
A Coinbase anunciou recentemente o lançamento de sua plataforma de negociação de derivativos de criptomoedas, a Coinbase International Exchange. O lançamento ocorreu semanas depois de a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) ter emitido uma Notificação Wells à Coinbase por supostas violações das leis de valores mobiliários. Armstrong tem se mantido crítico do ataque da SEC à Coinbase e ao setor de criptomoedas em geral, e surgiram relatos em abril de que a Coinbase poderia estar se mudando para o exterior, para zonas mais favoráveis.
Armstrong rejeitou tais alegações, acrescentando que a Coinbase "sempre terá presença nos EUA". Ele acrescentou que os EUA "têm potencial para ser um mercado importante em criptomoedas", mas a falta de clareza regulatória deixou o país para trás.
Em entrevista à CNBC com Dan Murphy, em Dubai, na segunda-feira, Armstrong rejeitou as alegações da SEC de que empresas de criptomoedas estariam oferecendo valores mobiliários não registrados e violando leis. Ele explicou que a SEC estava em "uma cruzada solitária, por assim dizer, com Gary Gensler, o presidente, e que ele, por algum motivo, adotou uma postura mais contrária às criptomoedas".“
Ao compartilhar suas opiniões sobre o ataque de Gary Gensler às criptomoedas, Armstrong disse:,
Não acho que ele esteja necessariamente tentando regular o setor, mas sim restringi-lo. No entanto, ele gerou alguns processos judiciais, o que considero bastante prejudicial para o setor nos EUA em geral. Por outro lado, isso também representa uma oportunidade para a Coinbase obter esclarecimentos nos tribunais, algo que acreditamos ser muito benéfico para o setor de criptomoedas e para os EUA de forma mais ampla.
A Coinbase não é a única empresa de criptomoedas expandindo suas operações nos Emirados Árabes Unidos. Binance e Kraken já registraram sua presença no crescente hub cripto.
Cobri algumas histórias interessantes em minha carreira como jornalista e acho as histórias relacionadas ao blockchain muito intrigantes. Acredito que a Web3 vai mudar o mundo e quero que todos façam parte dele.
